bonus de cadastro fortune tiger Por que as crianças parecem esquecer tudo dos primeiros anos de vida

A análise do funcionamento cerebral de bebês trouxe novas pistas sobre um dos maiores enigmas da infância: por que as crianças parecem esquecer tudo o que acontece com elas nos primeiros anos de vida? Os novos dados indicam que a principal área responsável pela formação de memórias já funciona nessa idadebonus de cadastro fortune tiger, ainda que não com a mesma robustez que se vê em quem já deixou essa fase da vida para trás.

O trabalho, no qual cientistas usaram aparelhos de fMRI (ressonância magnética funcional) para estudar bebês com idades entre 4 meses e 2 anos, sugere que a capacidade de formular lembranças teria seu primeiro avanço crítico por volta de um ano de vida, com sinais de atividade no chamado hipocampo.

A imagem mostra uma criança pequena, usando fones de ouvido, sendo preparada para um exame de ressonância magnética. Ela está vestindo um vestido rosa e é acompanhada por uma mulher, que parece ser sua mãe, vestindo uma camiseta rosa. Um profissional de saúde, usando máscara e protetor facial, está ao lado da criança, ajudando-a. O ambiente é de um laboratório de imagem, com um aparelho de ressonância magnética visível ao fundo. Nicholas Turk-Browne (à esquerda) acompanha criança e mãe antes de ressonância magnética no Centro de Imagens Cerebrais na Universidade de Yale, em 2021 - Divulgação

Trata-se de uma das principais estruturas cerebrais que contribuem para a produção de memórias de coisas e eventos específicos (por oposição, por exemplo, a coisas como a memória "muscular" que permite que alguém ande de bicicleta ou dirija um carro sem pensar explicitamente nos movimentos necessários para isso).

Detalhes sobre os experimentos foram publicados na última quinta-feira (20) em artigo na revista especializada americana Science. O trabalho foi coordenado por Nicholas Turk-Browne, do Departamento de Psicologia da Universidade Yale (EUA). As análises de fMRI foram conduzidas com 26 bebês, metade dos quais com menos de um ano de vida e a outra metade com até dois anos.

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O trabalho vem na esteira de uma série de estudos com modelos animais (cobaias de laboratório) sobre o mistério da chamada amnésia infantil, como é conhecida a falta de lembranças sobre a fase inicial da vida. Em muitas espécies, a infância é uma fase do desenvolvimento em que ocorrem mudanças importantes no número de neurônios e outras células cerebrais e nas conexões entre elas, o que envolve tanto crescimento quanto "poda" seletiva. Entre os seres humanos, esse processo é ainda mais lento e intrincado do que em quase todos os demais mamíferos.

Essa poderia ser uma das razões por trás do aparente esquecimento, mas outra possibilidade teria a ver com o amadurecimento relativamente lento do próprio hipocampo, que se arrasta até a adolescência. Pesquisas com camundongos, porém, haviam mostrado que a coisa pode ser mais complexa do que um simples apagamento da memória original (por meio da morte de neurônios ou do fim das conexões entre eles) ou uma imaturidade do hipocampo.

Nesses experimentos, os roedores aprendiam como andar dentro de um pequeno labirinto quando eram bebês e, ao que parecia, acabavam esquecendo o caminho quando chegavam à maturidade.

A imagem mostra duas pessoas sentadas em frente a múltiplos monitores. Os monitores exibem imagens de ressonância magnética do cérebro, além de uma tela com informações e gráficos. Uma das telas apresenta uma imagem de uma pessoa, mas o rosto está desfocado. O ambiente parece ser um laboratório ou sala de análise médica. Tristan Yates (esquerda) e Cameron Ellis (direita), também autores do estudo, acompanham exames de ressonância magnética em bebês no Centro de Imagens Cerebrais da Universidade de Yale - Divulgação

No entanto, uma técnica que estimulou os mesmos neurônios do hipocampo dos bichos que foram ativados durante o aprendizado na infância fez com que eles voltassem a recordar o traçado do labirinto. Seria um sinal de que algum tipo de memória ainda estava ali, mas numa feição "dormente", ou que não podia mais ser acessada pelo resto do cérebro.

No estudo publicado agora na Science, a equipe da Universidade Yale adaptou um método normalmente usado para estudar a memória de adultos, com um mecanismo bastante simples: mostrar algo para os participantes (um objeto ou uma cena, por exemplo) e, após algum tempo, verificar se eles se lembram de ter visto aquilo.

Como os bebês, é claro, não têm como responder as perguntas dos pesquisadores, eles usaram um mecanismo indireto para aferir se eles estavam reconhecendo (e, portanto, recordando) o que viam: a direção do olhar. Esse é um mecanismo muito usado em estudos com essa faixa etária, e nem sempre tem a mesma função.

Quando um bebê é muito exposto a um estímulo visual específico, por exemplo, é comum que ele pare de olhar para ele (como, de resto, acontece com adultos também) e mude a direção do olhar caso veja algo novo ou surpreendente.

Mas os pesquisadores planejaram os novos experimentos de uma maneira que os estímulos visuais apareciam para as crianças rapidamente (duração de 2 segundos) e eram reapresentados a elas logo depois (após cerca de 1 minuto). Desse jeito, o esperado seria que prevalecesse o atrativo da familiaridade, com os bebês olhando para a imagem conhecida, já que não tiveram tempo de "enjoar" dela.

Na prática, isso nem sempre aconteceu nos experimentos, principalmente no caso dos bebês mais novinhos, que não mostraram grande interesse pela familiaridade das imagens. Mas, nas crianças com idade em torno de um ano ou mais, os pesquisadores identificaram uma associação entre a atividade do hipocampo quando elas viam um novo objeto ou imagem e, pouco depois, o interesse denotado pela direção do olhar, o que sugere que elas estavam formando memórias do que tinham visto.

Se os dados estiverem corretos, seria um necessário semelhante ao identificado em camundongos, com uma formação rudimentar de memórias que, depois, não são mais acessadas –por motivos que ainda precisam ser investigados.

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