Red Tiger Gaming STSBet Compartilhamento de estantes é tentativa de salvar livrarias no Japão

"Estou segurando um livro ilustrado sobre queijos", diz, encantadaRed Tiger Gaming STSBet, Tomoyo Ozumi, cliente de um tipo de livraria, cada vez mais comum no Japão, onde qualquer pessoa pode alugar prateleiras para vender livros.

O conceito devolve o prazer de folhear livros em papel a comunidades onde muitas livrarias fecharam e oferece aos leitores escolhas mais ecléticas do que aquelas sugeridas por algoritmos de vendedores online, dizem seus defensores.

"Aqui, você encontra livros que te fazem se perguntar quem no mundo os compraria", ri Shogo Imamura, 40, que abriu uma dessas lojas em abril de 2024 em Tóquio, no distrito de Kanda Jimbocho, conhecido por seus sebos e livrarias.

A imagem mostra o interior de uma livraria com prateleiras de madeira, em três lados, repletas de livros organizados, com alguns títulos visíveis, muitos deles em caracteres japoneses. No fundo, duas pessoas estão em um balcão de atendimento, ambas com cabelo liso escuro, usando quimonos pretos em que se pode ler, em branco, o nome da livraria, Honmaru. O ambiente é iluminado por lâmpadas pendentes. O piso é claro. Interior da livraria Honmaru, no distrito de Kanda Jimbocho, em Tóquio (Japão), que aluga prateleiras para quem quiser vender livros - Yuichi Yamazaki/AFP

"Livrarias convencionais vendem livros que são populares, com base em estatísticas de vendas, e excluem livros que não vendem bem", diz Imamura, que também escreve romances sobre guerreiros samurais na era feudal do Japão.

"Nós ignoramos tais princípios. Ou o capitalismo, em outras palavras", ele explica. "Quero reconstruir as livrarias."

Sua loja, de apenas 53 metros quadrados, abriga 364 prateleiras e vende livros —alguns novos, outros usados— sobre tudo, desde estratégia de negócios até mangás e artes marciais.

Entre as centenas de locatários de prateleiras, que pagam de 4.850 a 9.350 ienes (R$ 190 a R$ 360) por mês, há pessoas, uma empresa de TI, uma firma de construção e pequenas editoras.

"Cada uma dessas prateleiras é como uma versão física de um perfil em redes sociais, onde você se expressa como no Instagram ou Facebook", diz Kashiwa Sato, 59, diretor de criação da livraria.

Por enquanto, sua loja, a Honmaru —a palavra designa a área central de um castelo japonês—, funciona apenas em Tóquio, mas Imamura espera expandir para outras regiões duramente atingidas pelo fechamento de livrarias.

Um quarto dos municípios do Japão não tem livrarias físicas. Mais de 600 fecharam entre outubro de 2022 e março de 2024, segundo a Fundação da Indústria Editorial do Japão para a Cultura.

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Em 2022, Imamura visitou dezenas de livrarias que conseguiram sobreviver à dura competição com gigantes do comércio eletrônico como a Amazon. Algumas incorporaram cafés ou até academias.

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"Mas isso é como colocar o carro na frente dos bois. Porque se uma academia for mais lucrativa, 90% da loja pode se tornar uma academia, com 10% restando para a venda de livros", diz Imamura.

Um homem de cabelo escuro, usando um pequeno brinco preto, está organizando livros em uma estante de madeira em uma livraria. Ele usa uma camisa preta de manga curta e calças ou bermuda rosa. Ele está de frente para uma série de prateleiras cheias de livros de diferentes formatos e cores, com etiquetas visíveis, boa parte em caracteres japoneses. Há também alguns cartazes e informações nas prateleiras. Rokurou Yui, fundador da livraria de compartilhamento de estantes Passage, em Tóquio (Japão), organiza livros em prateleira - Kazuhiro Nogi/AFP

Rokurou Yui, 42, afirma que suas três livrarias de compartilhamento de prateleiras, situadas na mesma área de Tóquio, estão cheias de "enorme amor" pelos livros favoritos dos donos das prateleiras.

"É como se você estivesse ouvindo vozes com recomendações", afirma Yui.

Proprietários de livrarias convencionais, ele explica, colocam em suas prateleiras livros que precisam vender para se manterem no negócio, independentemente de seus gostos pessoais.

"Mas aqui não há um único livro que tenhamos que vender, só livros que alguém recomenda apaixonadamente."

Yui e seu pai, Shigeru Kashima, 74, professor de literatura francesa, abriram sua primeira livraria de compartilhamento de prateleiras, chamada Passage, em 2022.

A Passage tem 362 prateleiras, e os vendedores ajudam a atrair clientes com seus próprios esforços de marketing, muitas vezes online.

Isso, diz Yui, contrasta com livrarias convencionais, que muitas vezes dependem apenas das iniciativas de vendas dos proprietários.

Nos fins de semana, conta, a loja às vezes "parece um clube noturno lotado com jovens clientes em seus 10, 20, 30 anos", com música de fundo moderna tocando.

Segundo Yui, clientes e donos de prateleiras visitam a livraria não apenas para vender e comprar livros, mas para desfrutar de "conversas sobre livros".

O Ministério da Indústria do Japão criou em março de 2024 um grupo de trabalho para estudar como apoiar livrarias.

Segundo a instituição, "as livrarias são um centro de transmissão cultural e são ativos extremamente importantes para a sociedade, ao manter a diversidade de ideias e influenciar o poder nacional".

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